INCLUSÃO Vencedora de prêmio “torcedor do ano”, da Fifa, a palmeirense Silvia Grecco narra no estádio jogos para o filho, que é autista e possui deficiência visual.
A ASSISTENTE SOCIAL Silvia Grecco nunca imaginou que um dia fosse precisar de um assessor de imprensa. Achava até meio descabido. “Juro que não sou celebridade”, se desculpa para a reportagem de Cidade Nova antes do início da entrevista. “Nunca pensei que um assessor pudesse ser tão essencial na vida de uma pessoa.”
Silvia até pode não se considerar uma personalidade, dessas de televisão ou da internet, mas tem tido uma agenda equiparável a de um artista ou figura pública. O motivo, por sinal, é dos mais nobres: contar sua história com seu filho Nickollas. Eles foram descobertos pelo repórter da TV Globo Marco Aurélio Souza, durante um clássico entre Palmeiras e Corinthians. Estavam na arquibancada e Silvia narrava os lances da partida para o Nickollas, que possui deficiência visual e é autista. A partir de então, aquele gesto de amor de
uma mãe para com um filho ganhou notoriedade mundial, a ponto de eles receberem um prêmio dentro do The Best, concedido pela Fifa aos melhores do ano. “Ele nos viu com os olhos e nos enxergou com o coração”, declarou Silvia em discurso para a plateia recheada de craques da bola durante a entrega do prêmio, em Milão, na Itália. Silvia não alimentava o desejo de propagar sua voz, mas, a partir da projeção do prêmio, quer aproveitar esse palanque para falar sobre a invisibilidade da pessoa com deficiência. Quer, também, como você poderá ler na entrevista a seguir, falar sobre a doação de uma mãe que supera obstáculos aparentemente impossíveis. Tudo a partir do amor e, claro, do futebol.
Leia aqui a versão integral da entrevista